Ilhas e sul do país possuem o maior número de edificações vazias
A cada três imóveis na Itália, um está desabitado. Os dados são do relatório Today Abitazioni do Instituto Nacional de Estatística (Istat) e se referem ao ano de 2021.Segundo a pesquisa, apesar de o Vale d’Aosta, no norte, ser a região com a maior parte das construções sem ocupação, as residências desabitadas concentram-se principalmente nas ilhas italianas e no sul do país. Os imóveis menores tendem a ter maior desocupação, quando comparados com aqueles entre 80 a 99 metros quadrados.
Os dados vão na contramão do número de imóveis habitados, que no período de 10 anos, entre 2011 a 2021, aumentou em 6,4%. A Lombardia é a região com a maior densidade de alojamentos: 234,7 por quilômetro quadrado, enquanto a média nacional é de 116,8. Já Prato, na Toscana, é a cidade com o maior percentual de imóveis ocupados, com 92,2%.
No mesmo período, também houve mudanças na aquisição do metro quadrado no país. Em 2021, cada morador tinha em média 44,3 metros quadrados, contra 40,7 em 2011. No entanto, os valores oscilam: no nordeste italiano, onde os imóveis habitados são maiores, a superfície per capita é maior. Já no sul, os números permanecem na média nacional.
Mais da metade dos imóveis italianos são antigos: 56,3% foram construídos entre 1961 e 2000, enquanto 9,5% têm mais de 100 anos. Ligúria, Toscana e Piemonte são as regiões que concentram os imóveis mais antigos.
Os imóveis desabitados tornaram-se um problema na Itália ao causar o despovoamento em muitas cidades. Para contornar a questão, muitos municípios oferecem a venda de casas pelo valor simbólico de 1 euro, desde que o comprador se comprometa a cumprir alguns requisitos, como a reforma da casa. (ANSA)