MADE IN ITALY – Wine South America 2023: Produtores de vinhos marcam presença na feira no RS

Itália é o quarto principal fornecedor brasileiro de vinhos

Masterclasses conduzidas por Manoel Beato e por Suzana Barelli trazem panorama dos vinhos italianos

Treze produtores italianos de vinho, reunidos pela ITA – Italian Trade Agency, estarão presentes na Wine South America (WINESA), uma das principais feiras profissionais na América Latina dedicada ao setor vitivinícola, na agenda entre 12 e 14 de setembro, em Bento Gonçalves (RS).

A participação italiana na 4ª edição da WINESA faz parte de um amplo programa de iniciativas voltadas para o trade e o consumidor com o objetivo aumentar a presença italiana no mercado brasileiro, que tanto aprecia a produção enogastronômica do país.

O Pavilhão Italiano apresenta vinícolas representativas da Itália, que conta com mais de 3 mil tipos de vinhos produzidos em todas as suas 20 regiões: Cantina di Solopaca (Campania), Il Cortiglio (Campania), Vigneti Reale (Puglia), Az. Agr. Martoccia di Brunelli Luca (Toscana), Cantina Valpolicella Negrar (Vêneto), Podere Casanova (Toscana), Borgo Palazzi (Toscana), Cantina Sociale Colli Fiorentini (Toscana), Il IV Miglio (Campania), Cantine La Marca (Campania), Cantina Etrusca (Toscana), Scuderia Italia (Vêneto/Toscana) e Cantina Vignaioli Scansano (Toscana). As vinícolas Cantina Valpolicella Negrar e Podere Casanova buscam importador no Brasil.

Também participam da feira, reforçando a presença Made in Italy no evento, Cantina Colli Morenici, Cantina Fiorentino, Cantina Frentana, Cantina Valpatena, Najma Prosecco, Nosio Spa/Gruppo Mezzacorona, Terre di Giafar, Trullo di Pezza, Bosca e Vinicola Feudo Rudini.

Segundo Ferdinando Fiore, diretor do escritório brasileiro da ITA-Italian Trade Agency, o Brasil é o quarto maior mercado dos italianos nas Américas, depois de Estados Unidos, Canadá e México. Em 2022, adquiriu 10,2 milhões de litros, de um total de quase 1,8 bilhões de litros exportados. Já para os brasileiros, a Itália é o quarto maior fornecedor, com uma quota de 7%, atrás de Chile, Argentina e Portugal. “Em valores, são quase 37 milhões de dólares adquiridos pelos brasileiros, ou cerca de 8% do total importado”.

A Itália é o principal produtor mundial de vinho: segundo dados da OIV – International Organization of Vine and Wine, com uma superfície cultivada de 718 mil hectares e um patrimônio catalogado de 635 variedades de uvas (o dobro dos franceses), a produção italiana de vinho em 2022 foi de 50,3 milhões de hectolitros, valor equivalente a aproximadamente 24% do total mundial e cerca de 6 milhões de hectolitros acima da produção da França, segunda colocada, e 17 milhões de hectolitros além do registrado na Espanha, terceira no ranking. No confronto com Portugal, seu principal concorrente no mercado brasileiro entre os países europeus, a produção italiana é quase 8 vezes superior.

Em 2023, mesmo com uma importante queda de cerca de 14% na produção, devido a fatores climáticos (chuvas excessivas em certas regiões e calor demasiado em outras), os italianos devem manter a primeira colocação no pódio, além de garantir vinhos de qualidade superior, ainda que em quantidade menor.

Qualidade para os italianos, aliás, é um predicado garantido na origem: segundo a Confederação Nacional CONDIRETTI, 70% da produção italiana é de vinhos DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida), DOC (Denominação de Origem Controlada) e IGT (Indicação Geográfica Tutelada), com 76 vinhos DOCG, 332 DOC e 118 IGT, perfazendo 526 variedades de um total reconhecido de 1.632 em todo o mundo.

Os vinhos brancos representam 58% do total e os tintos, alguns dos quais muito apreciados no Brasil e no mundo, são 42%.

Um verdadeiro patrimônio cultural, histórico e econômico, cujos primeiros registros na Itália surgem na Sicília, há 6.100 anos, e que atualmente emprega mais de 1,3 milhões de pessoas, dos vinhedos às atividades nas vinícolas.

Ferdinando Fiore salienta que a participação na Wine South America é estratégica, pois permite acesso aos mercados do sul do Brasil e países limítrofes, onde o consumo per capita de vinho é mais do que o dobro da média nacional e, consequentemente, a predisposição ao consumo de produtos de melhor qualidade, como os oferecidos pelos italianos, é maior.

“Embora o consumo de vinho no sul do país concentre-se mais em produtos locais, o consumidor da região já está preparado e, se estimulado, tende a migrar parcialmente para um patamar onde os italianos competem”, afirma o executivo italiano. Além disso, continua, “o evento também traz para Bento Gonçalves alguns dos principais compradores de outros estados do Brasil e de outros países da região, completando o espectro de visitantes qualificados que visitam a feira”.

Masterclasses

Não há como falar de vinho sem falar de Itália e, mesmo entre os que conhecem pouco a bebida, não conseguem pensar nela sem se lembrar da Toscana, terra de gênios, filósofos e poetas, que deu origem a nada menos do que Chiantis e Brunellos, cujas narrativas se perdem na história, mas também a outros vinhos igualmente conhecidos mundo afora, como o Vernaccia di San Gimignano, o Nobile di Montepulciano e o Bolgheri Sassicaia.

Entretanto, a Itália vitivinícola vai muito além da Toscana, apresentando um imenso patrimônio de uvas catalogadas e um sem-número de variedades de vinhos produzidos em todas as regiões da Itália, como o Vêneto, terra de Romeu e Julieta, mas também do Amarone, do Prosecco e do Valpolicella; a Puglia, de clima tipicamente mediterrâneo, com ampla faixa costeira bastante quente no verão e invernos amenos; a Campania, também de clima mais quente e de terreno de origem vulcânica, rico em minerais; e o Friuli-Venezia Giulia, de clima temperado e uvas cultivadas em altitudes refrescadas pela brisa do mar.

E é viajando entre diversidades de aromas, sabores e terroirs que Manoel Beato e Suzana Barelli levarão os participantes de 2 exclusivas masterclasses, organizadas para marcar a presença italiana na Wine South America 2023, a conhecer um pouco mais a milenar tradição vitivinícola italiana.

13/09, das 14h00 às 15h30

Apresentação: Manoel Beato, especialista em vinhos mais premiado do Brasil e sommelier executivo do Grupo Fasano desde 1992.


-Amarone della Valpolicella DOCG (Cantina Valpolicella di Negrar, Tinto – Vêneto)
-Nobile di Montepulciano 2018 (Podere Casanova, Tinto – Toscana)
-Bersaglio Brunello di Montalcino DOCG 2017 (Az. Agr. Martoccia, Tinto – Toscana)
-Chianti Riserva DOCG 2019 (Scuderia Italia, Tinto – Toscana)
-Taurasi DOCG 2017 (Il Cortiglio, Tinto – Campania)
-Santa Croce Salice Salentino Riserva DOP 2018 (Vigneti Reale, Tinto – Puglia)

14/09, das 14h00 às 15h30

Apresentação: Suzana Barelli, colunista de vinhos do caderno Paladar, do Estadão, e jornalista de vinhos da plataforma de notícias NeoFeed.


-Chianti Classico Gallo Nego BelleDayse 2018 (Cantina Colli Fiorentini, Tinto, Toscana)
-Governo all’uso Toscano Vin del Fattore 2021 (Cantina Vignaioli Scansano, Tinto, Toscana)
-Solopaca Classico Rosso Sannio DOP 2017 (Cantina di Solopaca, Tinto, Campania)
-Ribolla Gialla IGT Venezia Giulia 2022 (Borgo Palazzi, Branco, Friuli-Venezia Giulia)
-Macchia Rosso Aglianico Beneventano 2018 (Il IV Miglio, Tinto, Campania)
-Greco di Tufo DOCG Corteregia 2021 (Cantine La Marca, Branco, Campania)

As inscrições devem ser feitas em https://italianwines.com.br/masterclass-wsa/, mas é necessário estar credenciado no evento para participar.

Mais informações:
Pavilhão Italiano na Wine South America N° F-40
12 a 14 de setembro de 2023
Das 14 às 21 horas (acesso até 20 horas)
Fundaparque
Al. Fenavinho, 481 – Bento Gonçalves (RS)
www.winesa.com.br/visitante/ingressos/

ITA (Italian Trade Agency) é a agência do governo italiano com a missão de promover o intercâmbio comercial e tecnológico entre a Itália e os demais países, sobretudo no que tange às empresas de pequeno e médio porte, trabalho que realiza ininterruptamente há quase um século. O escritório ITA Brasil tem sede em São Paulo.

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