Capital da Calábria carrega o título de berço da origem da palavra
A República Italiana está prestes a completar 77 anos no próximo 2 de junho. Já a Itália enquanto país – a unificação italiana – é um pouco mais velha: tem 162 anos. Mas e quanto ao nome Itália? Esse, por sua vez, é bem antigo: ultrapassa séculos e recai em lendas.
Apesar de haver divergências entre os historiadores quanto a origem da terminologia “Itália”, existem dois pontos que são consensuais nas principais versões: o nome teria surgido no território da atual Calábria, ao sul do país, e faria referência à palavra “vitello”, ou “bezerro”, em italiano.
No portal da prefeitura de Catanzaro, há uma explicação oficial para o termo nascido ali: “Itália” seria uma derivação de Italói, vocábulo com o qual os gregos se referiam aos vituli (ou “vitelli”, plural de “bezerros”), povo que habitava a extremidade da península italiana, onde hoje fica a capital calabresa. Eram conhecidos assim pois tinham o bezerro como divindade.
Segundo essa versão, que é a mais difundida, o significado de “Itália” seria “habitantes da terra dos bezerros”. Até o século 5 a.C., a palavra demarcava somente à Calábria, mas com o avanço do império romano, se estendeu para outras regiões. A oficialização do nome “Itália” se deu com imperador romano Otaviano em 42 a.C.
Lendas e mitos
Como toda história tem suas lendas, a Accademia della Crusca, a mais importante instituição linguística da Itália, menciona algumas das mais conhecidas.
Uma delas narra que a palavra “Itália” seria uma homenagem ao príncipe Ítalo, o herói homônimo que teria dominado o sul da península.
Outra versão cita o mito de Hércules, que ao cruzar a Itália para conduzir até a Grécia um rebanho bovino do gigante Gerião, teria perdido uma cabeça de gado. Sem poupar esforços para encontrar o animal, Hércules soube que na língua local o touro era chamado de vitulus. Assim, ele nomeara toda a região de Outalía – correspondente para o latim vitulus.