Valle D’Aosta: território de dualidades

Pequena em território e população, região localizada na parte mais alta da Europa, tem duas línguas oficiais, um passado romano glorioso e um grande apetite por fontina

O Valle D’Aosta é um território cheio de dualidades. Menor região da Itália, está situado nas mais altas montanhas da Europa, ao noroeste do país, na fronteira com a França e a Suíça. Possui a menor população nacional (estimada em 126 mil habitantes) e mesmo assim, por ali existem duas línguas oficiais: o italiano e o francês. Por isso, a região apresenta também dois nomes oficiais: Regione Autonoma Valle d’Aosta (em italiano) e Région Autonome Vallée d’Aoste (em francês). Por ali, só existe uma província, a da capital, Aosta. Ao mesmo tempo, o Valle D’Aosta abriga dois vilarejos dentre os mais bonitos da Itália: Bard e Etroubles.

Com marcas da antiga presença romana, a região conserva também uma das maiores e mais antigas fortalezas da Itália. No cardápio, a fontina é o ingrediente coringa.

1- Passado romano

Arco D’Augusto em Aosta: um dos marcos da presença romana na região

Sob longo controle do Império Romano, ainda é possível ver as marcas deixadas por essa civilização na região. Na capital, Aosta, são muitos os monumentos romanos preservados, o que coloca a cidade em segundo lugar da Itália em número de sítios arqueológicos da época do império.

Existem, ao menos, três lugares obrigatórios sobre esse passado para visitar. Todos estão na cidade de Aosta.

O primeiro é o Arco D’Augusto, monumento localizado na estrada que conduzia ao ingresso principal da cidade romana, a Porta Pretoria – a segunda parada obrigatória. Nos tempos romanos, esta porta tinha três aberturas: duas para pedestres e uma para carroças. Era toda revestida em mármore.

O terceiro é o Criptoportico Forense di Aosta, um dos principais sítios arqueológicos da região sobre o domínio romano. Trata-se de uma galeria em mármore que servia para regularizar o desnível da área e ligava dois templos, um dedicado ao imperador Augusto e outro a Júpiter, Juno e Minerva.

2- Fort di Bard

Em meio aos Alpes, está o pequenino vilarejo medieval de Bard, cuja população não chega a 200 moradores. Alçado ao posto de um dos vilarejos mais bonitos da Itália, Bard abriga uma das mais imponentes fortalezas do país, o Fort di Bard.

O gigantesco Fort di Bard está localizado em um promontório rochoso a quase 400 metros de altitude e se divide em quatro partes principais. A atual estrutura teve início na antiguidade, mas somente no século 12 transformou-se em uma verdadeira fortaleza.

O local hospeda três museus importantes sobre a cultura local: o Museu dos Alpes, com exposições multimídias e científicas a respeito do território alpino, o Museo delle Frontiere, que conta a história da região ocidental dos Alpes e o Museo del Forte e delle Fortificazioni, sobre a evolução defensiva na região de montanha.

Além dos museus, o Fort di Bard também recebe exposições itinerantes e concertos.

3- Fontina

Fonduta valdostana, feita com queijo fontina DOP

A cozinha do Valle D’Aosta tem como protagonista a fontina, um queijo bovino com selo DOP (Denominação de Origem Protegida).

A estrela da região brilha nos mais variados pratos: na polenta concia, passando pela fonduta, até chegar às costolette alla valdostana, à base de vitela. Se não bastar, que tal uma seupa à la vapelenentse – sopa com carne, repolho, pão amanhecido e, claro, fontina!

Com informações de Italia.it e Insolito Tram Travel

Imagens: Unsplash e Great Italian Chefs

Press ESC to close