O movimento Slow Food na Itália mostra preocupação com a forma de consumo alimentar dos italianos na contemporaneidade. Por isso, traz dicas de como “mangiare all’italiana” de modo a manter a saúde do corpo, proteger os recursos naturais e evitar o empobrecimento do ecossistema.
Os conselhos partem da premissa de que os alimentos para consumo humano devem ser “bons, limpos e ideais”. A seguir, algumas dicas do Slow Food Itália publicadas em sua página oficial no último 21 de abril.
Reduza o consumo de carne e evite carne proveniente de agricultura intensiva e industrial
Que carne escolher? Escolha aquela proveniente da criação extensiva, de produtores que levam os animais para pastagens. Evite carnes comercializadas em supermercados e estabelecimentos fast food.
Atenção com os peixes!
Na hora de comprar peixes, verifique a origem do produto e o método de captura, evitando técnicas prejudiciais ao ecossistema, como a pesca com rede e os produtores de criação. Lembre-se também: é importante atentar-se à época ideal para a pesca, a fim de não adquirir exemplares durante os períodos de reprodução.
Todas as leguminosas valem a pena!
Existem leguminosas para todos os gostos e para todas as ocasiões: desde as favas primaveris, que podem vir acompanhadas de uma pitada de hortelã fresca, até às lentilhas, uma ótima opção para um primo piatto substancial e revigorante. Há ainda o feijão, ótimo para saladas e sopas em todas as estações, sem se esquecer das versáteis ervilhas…
Queijos? Somente os com leite cru!
Estes queijos são obtidos a partir de leite não pasteurizado, o que os torna diferenciados dos demais: o leite cru mantém suas características iniciais, como nutrientes, vitaminas, enzimas e fermentos lácticos. Os queijos de leite cru também são mais complexos: por não serem padronizados, são mais interessantes do ponto de vista sensorial do que os industriais. Eles retêm os aromas das ervas e flores que os animais comeram e, portanto, expressam melhor as características da matéria-prima.
Invista em ovos, sem se limitar aos de galinha!
É fundamental prestar atenção, sempre e em qualquer caso, à forma como as aves são criadas: não à criação em gaiolas, e sim, à agricultura biológica.
Frutas e vegetais, desde que sejam orgânicos!
É melhor ficar longe dos pesticidas e do glifosato, o herbicida mais difundido no mundo que a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) incluiu entre as substâncias “com riscos para o câncer” .
Vinho, cerveja, café e azeite: valor ao trabalho!
Vinho, cerveja e café não são apenas bebidas, assim como o azeite não é somente um condimento: por trás de cada garrafa e dentro de cada xícara está o trabalho e a habilidade de muitas pessoas, além da paixão de quem cultiva e transforma o material. Fazer isso de forma ecologicamente correta significa proteger o solo e pensar no futuro.